O Rancho Folclórico da Associação Cultural e Recreativa de Tabuado foi fundado por um grupo de amigos, no mês de Fevereiro do ano de 1979, assumindo desde então como principal objectivo a pesquisa, preservação e divulgação das tradições, cantares, danças, trajes, usos e costumes da sua região. No entanto só um ano mais tarde passou a integrar a Associação Cultural, passando a coexistir com outros sectores como o desporto, a animação cultural e o teatro.
 A freguesia de Tabuado dista 5 km da sede concelhia do Marco de Canavezes. A povoação surge mencionada pela primeira vez num documento de 1066 como Tavolado e depois, em 1070, como Tabulado, o que denota as suas origens remotas.

 Ocupando uma área de 680 ha, a freguesia tem sofrido na última década um aumento demográfico moderado. Actualmente Tabuado é constituída por cerca de 1400 residentes. São as indústrias têxteis, a construção civil, a carpintaria e panificação, as principais actividades geradoras de emprego. A agricultura possui ainda um peso significativo na vida económica de Tabuado, o que se manifesta nas iniciativas de jovens agricultores na área vinícola. O património arqueológico e monumental de Tabuado é digno de registo. Rica em achados arqueológicos, a freguesia possui entre o seu espólio, pedaços de tegulae no lugar do Chão da Igreja, vestígios de antiga edificação romana, sepulturas que remontam aos primórdios da era cristã e ainda, vestígios de povoamento medieval no lugar de S. Mamede.
  A Igreja Matriz, de estilo românico já em transição para a fase gótica, é dedicada ao Divino Salvador, e é sem dúvida nenhuma o monumento de que a população mais se orgulha.
  Com o passar do tempo o trabalho de recolha que se foi efectuando permitiu tornar mais autênticos alguns trajes, danças e cantares, sobretudo na reconstituição do trajar, auxiliado pelas pessoas mais idosas da freguesia. As danças de roda são a base das actuações do grupo, quase todas acompanhadas pela cantadeira, pelo cantador e o respectivo coro. São de destacar o “Malhão Velho”, o “Cantaréu” e o “Fadinho”. No trajar destacam-se o traje de trabalho, de romaria, domingueiro, de mulher rica e de noivos. Entre os vários utensílios utilizados contam-se a roca, o fuso, a tasca, a espadela, o engraço e o mangual, fazendo todos parte do espólio do Rancho. Ao longo dos anos o grupo tem conquistado o seu lugar no panorama do Folclore Nacional, através de várias actuações realizadas, desde o Minho até Algarve, participando em diversos eventos, como festivais, romarias, festas e convívios. São já 27 os convívios de folclore (e o 1º Internacional em 2004) organizados pelo Rancho, que são a prova evidente da sua vitalidade e do forte empenho dos elementos que o têm formado ao longo dos tempos.